Afinal, cerveja faz bem para a saúde? Faz mal? Engorda? Qual o nível seguro de consumo? Quais as melhores? É melhor ficar com o vinho?
É natural ficar com dúvidas, afinal, uma resposta simples nunca é fácil de ser dada com tanto a se considerar, para isso, preparamos alguns tópicos para divagar melhor sobre os potenciais benefícios e malefícios dessa bebida tão amada no mundo todo!

Será que cerveja faz bem para a saúde?

Essa é uma pergunta relativa, mas vamos separar esta resposta por partes, com cada ponto a se considerar:

Álcool – Os açúcares da cerveja são transformados em álcool e, à parte dos conhecidos efeitos nocivos do consumo excessivo do álcool, em níveis regulares, ele tem sim os seus benefícios.

Cerveja é a bebida com os menores níveis de álcool, o que torna mais fácil e prazeroso de se graduar o consumo. Muitas constatações médicas têm sido atribuídas ao consumo consciente do álcool como:

  • Chances reduzidas de problemas vasculares e cerebrais – No caso dos problemas vasculares, o álcool ajuda a controlar o HDL ou “colesterol bom”. A presença de álcool no organismo também reduz a velocidade de coagulação do sangue, dificultando a formação de trombos nas artérias (mas cuidado, o uso excessivo pode ter efeito oposto e danoso ao organismo).
  • Beber em níveis moderados também ajuda na prevenção do desenvolvimento da diabetes tipo 2 e estudos modernos observaram uma chance reduzida de mortes por enfarto em consumidores regulares de álcool.
  • Outro fator ligado ao álcool que deve ser considerado é sua capacidade de favorecer a ação dos famigerados Antioxidantes, propriedades que ajudam a combater os radicais livres, que são moléculas que reduzem a vida útil de outras moléculas antecipadamente. Fortemente relacionada à doenças como câncer, alguns problemas neurais e o envelhecimento precoce. A relação do álcool com o cérebro vem dessa capacidade, oriunda especialmente dos polifenóis e seu poder antioxidante, de prolongar a vida útil das moléculas de um órgão tão frágil e complexo.
  • Saúde renal – O álcool é diurético, especialmente a cerveja, que estimula o fluxo da urina, reduzindo sensivelmente o risco do desenvolvimento de cálculos renais.
  • Valores Vitamínicos – O malte de cevada e as leveduras possuem grande nível de vitaminas do complexo B que são muito lembradas quando o assunto é a saúde da pele. A vitamina E também está presente na cerveja e é uma grande aliada na metabolização de minerais, como o selênio, zinco e cobre, que também fazem parte da cerveja e, além da pele, fazem bem para a saúde do cabelo, das unhas, ajuda a evitar caspas e seu nível de silício pode complementar a saúde óssea.
  • Estresse – A associação moderna mais comum da cerveja é com o happy hour, festas, final de semana, tudo aquilo que seja um alívio de situações estressantes. Além das propriedades do álcool no cérebro, que deprimem os neurotransmissores e causam a sensação de relaxamento, bem-estar.
    O estresse torna seu organismo suscetível à males, como os já citados radicais livres e outros tipos de ações pelo corpo, que podem afetar do coração ao cérebro e sistema imunológico, peso, humor, envelhecimento, sexualidade, pele, cabelos e dentes.

Considerando tudo isso, é fundamental ressaltar que a cerveja nem nenhuma outra bebida alcoólica é algum tipo de remédio e nem deve ser consumida em excesso ou diariamente, pois, além de poder desenvolver dependência por ser um depressor do sistema neurológico, seu uso sem moderação pode ser devastador para o organismo, causando, em excesso, efeitos completamente adversos dos citados em condições saudáveis de consumo, como problemas de fígado, distúrbios neurológicos e emocionais graves, danos ao estômago, trombose e outros problemas cardiovasculares, inclusive aumentando a chance de sofrer enfartos e viabiliza o ganho de peso.

 

 

De olho no peso: Então a cerveja engorda?

Sim, é justo dizer que a cerveja não é a melhor aliada de quem gostaria de perder peso ou perder a sensação de inchaço. Na verdade, ela é rica em calorias e um simples copo de 300 mls, dependendo do tipo da cerveja, pode conter mais de 450 calorias.

A cerveja também é rica em glúten, proveniente do amido e um dos vilões atuais em diversas dietas ao redor do globo.

Outro fator ligado à ingestão de cerveja é a circunstância em que a consumimos: na maior parte das vezes a cerveja vem bem acompanhada de churrascos, petiscos, muitas vezes fritos ou processados, repletos de gorduras que aumentam a sede e consequentemente nos faz beber mais cerveja do que o recomendado.
Além disso, o consumo associado de cerveja e gorduras dificulta mais o trabalho do organismo em processar tudo aquilo que se está ingerindo e faz o metabolismo trabalhar mais lentamente e, como seu corpo não armazena o álcool, mas sim está constantemente tentando expelí-lo, a sensação de inchaço também será recorrente.

O consumo consciente de cerveja precisa estar associado à outros hábitos saudáveis. Pouco adianta ter um consumo moderado de cerveja e cometer outros abusos, e vice-versa. Talvez moderação seja a palavra-chave quando se discute sobre níveis saudáveis de consumo de substâncias, alimentos e bebidas. Nada em excesso, até aquilo que está muitas vezes associado à saúde, tende a ser bom para o organismo. A moderação é fundamental para todas as instâncias de nossas vidas!

 

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Médico com copo de cerveja - Indupropil

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