Mais do que nunca, a inovação é o grande diferencial, mas não se trata simplesmente de criar algo novo onde parece que tudo já foi inventado. O grande ponto é criar algo exótico!

É difícil a ideia de um chopp de vinho não soar bastante diferente pra quem ainda nunca viu a bebida. Mas, apesar de nova, ela já faz bastante sucesso, especialmente durante épocas mais quentes. E nós, aqui nos trópicos, estamos bem servidos de calor e paixão pelo vinho e pelo chopp!

Ficou curioso sobre a temática? Continue a leitura para saber mais!

Chopp de vinho ou chopp com vinho?

Falar sobre essa bebida pode confundir alguns. Afinal, por levar “chopp” no nome, ela deve conter cerveja, não é?

Não necessariamente! A palavra “chopp” se refere ao caneco de meio litro, muito comum entre os alemães, chamado de Schoppen.

Embora estejamos mais acostumados a usar o copo tipo tulipa – que na verdade não é, sabia? – a grande tradição é o uso do famoso caneco de chopp. (Se quiser ficar por dentro do assunto, leia nosso post sobre os tipos de copos de cerveja.

Talvez, seja mais justo categorizar a ideia de ‘chopp’ pelo tipo de bebida não pasteurizada, que é servida com pressão pelo cilindro de gás carbônico e recebe uma filtragem para reservar um colarinho mais cremoso, passando por serpentinas resfriadas para se manter gelado por mais tempo.

Basicamente, esse é o processo que o vinho passa para se tornar chopp. Mas não basta simplesmente fazer ou comprar um vinho, colocá-lo no barril e servir com pressão. Acredite, por ter uma natureza diferente, nem todo vinho ficaria bom servido assim.

O vinho que costuma ser usado é um frisante, em especial o moscatt. Isso porque ele é leve, tanto no teor alcoólico quanto na densidade e volume de açúcar, que favorecem o consumo como chopp.

A gaseificação que os frisantes apresentam é que permite a formação do colarinho, e você pode criar um frisante especial para ser servido como chopp.

O processo do frisante

Neste ponto, você já deve ter sacado que a diferença do frisante, além da leveza, é sua gaseificação. Mas como ela é obtida?

O vinho comum passa por uma única fermentação, que costuma ser bem longa. Quando engarrafado, o que acontece é um trabalho de maturação dos açúcares, que se tornam mais complexos em sabor (por isso muitos vinhos são maturados, mas nem todos são próprios para isso).

Já o frisante recebe uma etapa extra, que reutiliza o gás carbônico acumulado pela fermentação (é importante ressaltar que, para criar um frisante, você deve usar um tipo especial de levedura para sua produção), que é introduzido posteriormente, ou na garrafa ou na nova dorna de fermentação, ou, também pode receber uma carbonatação forçada, assim como se faz com a cerveja.

Um dos traços mais interessantes do frisante é que ele é perfeito para ser bebido gelado, sua gaseificação o torna bem refrescante, além de ótima para harmonizações. Mas esse vinho não consegue durar muito mais de 6 meses, porque recebe gás carbônico, que acelera bastante o processo de deterioração.

Caso tenha uma dorna de qualidade para armazenar o vinho já no processo final, com gás carbônico natural ou artificial, você pode plugar uma torneira de chopp diretamente, caso consiga resfriá-la bem. Mas, o mais interessante, para transporte e comodidade, é usar um barril de inox.

Chopp com vinho

Também é possível produzir um chopp de cerveja com vinho, que também fica uma delícia. E nesse caso, você não precisa produzir um frisante, pode usar um vinho tinto comum, de preferência suave, para ter um bom contraste com a cerveja.

O chopp de cerveja é obtido através da bebida não pasteurizada, então, nada de cervejas industriais! E cuide para manter as bebidas sempre em uma temperatura amena, próxima de zero, para evitar a refermentação de ambos.

Você pode misturar uma parte de vinho tinto para cada 3 ou 2 e 1/2 partes de cerveja. Certamente isso é uma questão de gosto e muito relativa à qualidade de ambos: o vinho fica bem mais suave, mas não pode ser muito pouco ou fraco, para suas propriedades não desaparecem e acabar restando apenas a cor e o cheiro. E a cerveja deve ser bastante suave, já que ela oferecerá a base, o corpo da bebida e a gaseificação. Assim, o mais recomendado é usar cervejas cristalinas e suaves, com as Pilsner e Kölschs.

Para realçar o sabor e controlar o teor alcoólico, algumas pessoas gostam de adicionar uma parte de suco natural de uva com maçã, que é bem denso e aromático e dá ótimos resultados, mas não perca a mão na gradação para a bebida não acabar muito desproporcional de alguma das partes!

Conclusão

Unindo duas bebidas tão adoradas, é impossível não conciliar os puristas de cada lado! O chopp de vinho e com vinho já é sucesso pelo país e atrai a curiosidade de entusiastas de ambos. É um grande diferencial e relativamente simples de produzir para quem já tem os meios. Que tal testar essa iguaria também?

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