Dicas para fazer seu próprio Vinho

O vinho é uma bebida social e, assim sendo, se confunde com a própria história da sociedade.

Ainda que por aqui tenhamos um consumo relativamente pequeno, esse nível vem crescendo e o consumo se democratizando cada vez mais.

O senso de tradição e hobbie instiga muitos amantes da bebida, e o crescimento comercial fora do mercado de massa também vêm trazendo produtores a um nível mais sério, um engajamento que cada vez mais tem uma contrapartida no consumo popular da bebida.

Separamos o elementar de sua produção e seus requerimentos para que você possa se introduzir no assunto e, quem sabe, começar a própria produção. Você verá que é mais descomplicado do que possa parecer!

Equipamentos

Tudo começa com suas ferramentas, não seja negligente, adquira bons produtos – isso terá um reflexo direto na qualidade.

Com esse equipamento básico você será capaz de produzir outras bebidas artesanais como sidras, licores e hidromel:

• Fermentador: Pode ser de vidro ou plástico. É onde a maior parte do processo ocorre e, definitivamente você irá preferir um artigo durável e resistente à acidez e ao contágio.
• Airlocks: São as válvulas que vedam o vinho do contato com o ar e deslocar o gás da fermentação.

• Pipa: Recipiente para estocagem e envelhecimento da bebida, também livre do contato com o ar e ocasionais bactérias.
• Moedores/Desengaçadores: Utilizados para extrair o suco da uva sem contágio e guardar sua massa.

Outros acessórios importantes

Mangueiras, arrolhadores, equipamentos de sanitização. É importante também contabilizar todos esses equipamentos junto de seu kit, que inclusive pode ser adquirido com descontos e tamanhos diferentes ao serem comprados juntos.

Mão na massa Passo-a-Passo:

• Selecione e lave bem as uvas, caso haja muita sujeira nas cascas, deixe-as de molho por algumas horas.
• Separe as uvas do cacho e esmague-as no desengaçador para obter o mosto e as cascas totalmente trituradas.
• O vinho é separado, no caso do tinto, junto com as cascas para descansar em um recipiente tampado onde a fermentação acontecerá. Aqui, além das leveduras da casca, você pode adicionar outros insumos para acelerar seu processo.
• Durante a fermentação, a temperatura joga uma regra importante: vinhos tintos se beneficiam de temperaturas mais altas e os brancos, mais baixas.
• Na medida em que as leveduras consomem o açúcar e criam álcool e gás carbônico. Após a filtragem, onde se remove o grosso do mosto, ficando apenas o vinho líquido. Em seguida ele o excesso de gás carbônico é removido aos poucos através da válvula.
• Nesse ponto o líquido já é o vinho como conhecemos, mas ainda precisa passar por um processo de maturação. O mínimo são 40 dias, mas isso é muito relativo. A maturação varia para o tipo de vinho e a qualidade a qual se busca. O senso geral é de que, quanto mais longa a maturação, mais saboroso ficará seu vinho.
• Desse ponto o vinho é envasado e deve permanecer fechado com rolha até seu consumo.

O vinho tem um processo descomplicado em relação à outras bebidas como a cerveja, mas requer cuidados e especialmente paciência e boa seleção dos insumos e da própria uva especialmente. Um vinho saboroso sempre recompensa a espera.

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