O Brasil é um dos maiores consumidores de cerveja do mundo e o terceiro maior produtor do globo. Definitivamente, esses índices dizem muito sobre como as bebidas fazem parte de nossa cultura.

Na contramão do sentimento de recessão econômica, esse ainda é um dos poucos setores que continua crescendo. Dentro de todo esse cenário, as microcervejarias e importadoras de bebidas têm tomado um espaço decisivo, segundo a Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CervBrasil).

Em 2 anos, entre 2012 e 2014, de acordo com o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja, as microcervejarias saltaram de 8% para 11% da participação no mercado cervejeiro e tudo indica que tem mantido – ou até ampliado – esse ritmo de crescimento.

 

Mas o que explica esse crescimento explosivo do setor?

Bem, antes de tudo o monopólio quase oligárquico das cervejas industriais de larga escala possui uma variedade muito restrita de qualidades de cerveja para os paladares.

O boom das bebidas artesanais também responde à uma tendência internacional que tem se consolidado, o home brewing tornou-se hobbie de grupos de amigos e negócio sério para muitos que começaram assim.

O crescimento das importações viralizou a cultura cervejeira e tornou variedades e preços de vinhos mais acessíveis.

O crescimento da competitividade nesse setor teve ramificações: micro cervejeiros se sentiram mais confiantes para ampliar sua produção, assim como mais e mais cervejeiros começam a empreender timidamente, com os amigos, em seus home brewings.

E a cultura foi se ramificando, tomando consistência. Na internet, os fóruns de cervejeiros estavam repletos de internautas trocando informações, debatendo meios e técnicas para começar e sofisticar suas produções. Tornou-se um hobbie de gente grande e forma de subsistência de muitos cervejeiros dedicados.

 

Mercado que só cresce!

As cervejarias tradicionais acabam tendo um acesso maior dos novos cervejeiros sequiosos por novidades, sabores peculiares. Outras cervejarias nascem e, nessa onda, diversos comércios novos apareceram;

Com a necessidade de diversificar as atividades comerciais, muitos passaram a fazer empreendimentos coletivos e a reinventar iguarias.

Hamburguerias, taquerias, temakerias. Muitas “ias” nasceram da new wave de empreendedores jovens. Barbearias e motoclubs também cresceram numa grande velocidade.

Muitas vezes, esses empreendimentos coletivos diversificam serviços. Especialmente nas grandes capitais. Você pode ir fazer a barba, tomar uma cerveja com os amigos, jogar sinuca, escolher um bom livro.

Todos esses novos ambientes de socialização são muito oportunos para o consumo de cervejas artesanais e vinhos, afinal, estes são sinônimos de celebração e recreação aqui em nossa cultura. E, nesse mercado há muita coisa sendo inventada e testada pela apreciação do gosto popular. Algumas fórmulas emplacam, outras não. É necessário aproveitar estes espaços para prospectar interesses e fazer projeções que norteiem sua produção.

 

Empreender virou solução para a crise!

A iminente crise que abocanhou direitos trabalhistas acabou forçando uma guinada empreendedora. Muitos trabalhadores assalariados, de formação técnica e superior acabaram trocando o tédio e a normatividade de escritórios para se reprogramar em um novo mercado que nada tem de ortodoxo ou conservador, mas que vai para todas as plataformas e espaços, entre todas as tribos da sociedade contemporânea.

Esse modelo de empreendimento reinventou a configuração do trabalho e o tirou do status quase deprimente de subsistência tecnicista para um estilo de vida que condicione interesses e paixões, algo flexível, desafiador onde é possível experimentar e viver mais genuinamente do produto de seus méritos.

Uma parte enorme de nossas vidas é dispendida trabalhando. Sentir que o faz com dignidade e carinho é um passo muito importante para ter qualidade de vida. O mercado tornou-se tão complexo e não-linear que as modalidades tradicionais estão se tornando obsoletas.

Hoje, empreender é mais do que uma opção viável para enfrentar a instabilidade das políticas-econômicas: é uma forma de reinventar o esforço e valor de seu trabalho.

 

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